sábado, 20 de dezembro de 2008


ClandestinoLiris Letieres


Passe a limpo
A verdade que escreveu pra mim
Busque as partes
Em que você colocou o fim

Trate a sorte
Como um cristal
Sul e Norte
Curso natural

Ter saudades já é um sinal
Que o destino se perdeu da nau

Deixe a embarcação ao vento leste
Seja clandestino ele que te leve

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Minha Equipe Fantástica!



Essa é a foto da foto tirada hoje! Eu seguro o mascote. Foi muito,muito bom!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008



Essa sou eu em Porto de Galinhas
vendo o mais lindo pôr do sol
O céu estava na terra

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Essa eu ganhei de presente!


Salve a bela baiana
A poetisa dos olhos cor de gema
Mulher bonita e bacana
Que tem a poesia como lema.
Liris, parabéns!
Tudo de bom, muitos anos de vida e poesia.
Salve a Pituba e salve a Bahia.

Clóvis Campêlo do Recife

sexta-feira, 14 de novembro de 2008


Duas florzinhas!
Assim me disseram
Das duas uma:
Ou bolam um plano
Ou já o fizeram!

*Minhas duas sobrinhas: Nina e Lulu.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


HAI KAI
HAI KAI é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Um 3x4 bem tirado. Olhem o que ganhei:

Liris Letieres
Colo amorenado,
libertária voz poética,
pureza imagética.

De: Clóvis Campêlo

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Jóia Rara


Jóia rara
Liris Letieres

Amanheço azul
É lindo lá fora
Minha alma dança agora

Não sei que me dá
Mas esse desejo é na cara
A vida é uma jóia rara

Fogos de artifícios
Explodindo no meu peito
Quase um reveillon
Brindo o dia sorrindo
Só lembrando seu jeito

É uma Festa de Reis
É pleno paraíso
Só porque ouvi seu riso
Tô de cara...
Só você não repara?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

sábado, 16 de agosto de 2008

Decibés
Liris Letieres

Era sol e decibés
O som ardia sozinho
O mar tocava meus pés
E o menino no assovio
Era o único som doce
E ele nem pensou que fosse

A música chorava alto
O sol não baixava
O som não baixava
Alguém lá ensurdeceu
E todo mundo cantava
Menos eu
Menos eu

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Fino Fio
Liris Letieres

Recriar dentro do peito o bálsamo
Cicatrizante
Aumentar as esperanças de acertar
Igual a antes
Reatar-se ao nó da vida
Uma vida em um instante
Lançar bóia salva vidas
Na maré turva e cortante

Vou-me embora de mim num segundo
No caminho distribuo sobras do meu mundo

Sou sertão dentro do mar
Desaprendi a amar
Teço às cegas, fino fio
Que suporte um caminhar

Vou lá, vou aventurar.
Nem sombra a acompanhar
Quem me leva?Sinto frio.
E nem sei se vou voltar

Vou-me embora de mim num segundo
No caminho distribuo sobras do meu mundo
Sambadeira
Liris Letieres


Balanço à sombra
E assombra o que balanço
Nem Bolshoi dança o que eu danço
Nem pajé solto em sessão

E são em cacho
Em penca
O que despacho
Bem debaixo do meu salto
Quando sambo no salão

Não tem cabrocha
Na terra ou que o corpo vele
Nem todas de Sargentelli
Que alcance meu rojão

Eu sou o samba
E a força dessa dança
Mora aqui nas minhas ancas
Se bote aí! Se bote aí!
E nem no morro eu nasci

Eu sou o samba
Sou a moça sambadeira
Sambo em plano e na ladeira
Pois tá em mim,simples assim
O dom do samba me acorda pra sambar
O compasso do repique pulsa em meu DNA

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Mundo não é só em mim
Viva Dercy!
Liris Letieres

Dia 20 esperei amanhecer.
Pensei, no terreno baldio da minha mente:
- Eis o meu dia!
Só alguns tiques taques a mais do medidor do tempo
E eu já regava o rosto.
Normal.
Normal?!
Contornei o abismo.
Vesti branco.
Caí em pé.
Só caio em pé, graças a Deus!
Dia 20 eu nasci
E como nascemos tolos
Nem soube que 19 morreu Dercy.

Homenagem a Dercy Gonçalves

Essa eu ganhei de presente!

Salve a bela baiana
A poetisa dos olhos cor de gema
Mulher bonita e bacana
Que tem a poesia como lema.
Liris, parabéns!
Tudo de bom, muitos anos de vida e poesia.
Salve a Pituba e salve a Bahia.

Clóvis Campêlo do Recife

sábado, 5 de julho de 2008


Pé de vento
Liris Letieres

Busquei com o olhar única estrela
Bebi o orvalho doce a noite inteira
Vasculhei por um bom tempo
No meu peito
A idade de menina
De traquina
A menina!

Lampião acende e chama mariposa
Na varanda a rede que a mãe repousa.
Pés descalços
Vou no encalço
Do guri
Que de laço
Fez meu coração sorrir
Sorri.

Aticei minha saudade com um vento
Que soprou vindo direto do horizonte
Me atei à velha história em pensamento
E dos versos e canção eu fiz a ponte
Flori!




Despedida
Liris letieres

Pelas ladeiras desciam em fio
Os gestos, os olhares
Que foram um dia tão cheios de amores, seguiam vazios
No oco, no nada de mim
Sem você
Meus olhos seguem às margens
As marcas, miragens antigas
De extintas paisagens
Eu vejo o que perco, me encontro no cerco
De tudo que não sobra em mim
Sem você

Sigo vadia, sozinha, meus rastros
Histórias tão cheias de mim e você
Que agora adormecem
Nos olhos estranhos de alguém

Sobram dias
E eu aqui, deslocada
Figurante de uma cena cortada
Em noites sozinhas
Tão frias, distantes de um fim.

De mim escorre você...
De mim escorre você...


O CAMINHO DE SÃO E TIAGO

Episódio: Era uma placa portuguesa, com certeza!
Roteiro: Liris Letieres

CENA 1
ESTRADA/EXT./MANHÃ
(música de abertura)
Imagem de uma estrada arborizada com um caminhão carregado de feno. Na boleia, sobre o feno, os amigos: SÃO (gato selvagem)e TIAGO (tigre siberiano) conversam.

CENA 2
BOLEIA DO CAMINHÃO/INT./MANHÃ
São, olha o mapa e demonstra impaciência com o vento que o atrapalha na leitura do mapa.
SÃO – Ai ai ai ai ai! Esse vento não está cooperando!Mas pelos meus cálculos, estamos a poucos quilômetros da cidade de Lisboa!

(Tiago, deitado de costas na boleia do caminhão, canta um Vira).
TIAGO – Ô bate o pé! Bate o Pé! Bate o pé! Ô bate o pé faz assim como e-eu! Ô bate o pé! Bate o Pé! Bate o pé! Foi assim que meu amor se perdeu... (Tiago é cortado por São)

SÃO – Tiago! Dá pra parar de cantar um pouquinho e me dar um ajuda aí, ô!

Tiago olha para São e fala com empolgação.
TIAGO – Aaaah, São! Você não está emocionado em poder conhecer Lisboa a linda capital de Portugal?(INSERT de imagens dos pontos turísticos citados) Visitar a maravilhosa Torre de Belém, conhecer o famoso Mosteiro de São Jerônimo, passear na fantástica Riviera portuguesa, ver de pertinho as festas da Praça do Carmo, cantar e dançar uma vira, legítimo?(Fim do INSERT)Hein? Hein?

(São, reponde irritado)
SÃO – Ô da Sibéria! Mal chegamos à cidade e você já está pensando em festa? Se não saltarmos na estrada no local certo, vamos parar é na China!

(Tiago assustado)
TIAGO – China????? Ei, São! Não podemos voltar para casa agora! Ainda faltam muitos lugares para conhecer! Não estávamos indo para Portugal?
(efeito sonoro para sinalizar equívoco de Tiago que faz cara de incompreensão. Foco No rosto de São, surpreso)

SÃO - Por minhas sete vidas selvagens! Não, seu Tigre de meia tigela! Não foi bem isso que eu queria dizer (desistindo de explicar) Ah! Quer saber?Você não vai entender nada mesmo!(São, volta a olhar o mapa).

Nessa hora aparece uma placa na estrada. São não vê .Tiago percebe e tenta avisar.


TIAGO_ Sã-aõ... Ô São... Será que não é pra nós saltarmos aqui?

(São, sem levantar as vistas do mapa, responde)
SÃO – Aqui onde? Não atrapalha Tiago! Não sabe que devemos parar somente onde o mapa sinaliza?(o vento joga o mapa na cara de São. Ele ajeita o mapa e volta a lê-lo) Isto é, se eu conseguir ver o mapa com esse vento irritante!


TIAGO – Desculpa, São... (Tiago fala inocente) Era apenas uma placa dizendo Bem-vindo à Lisboa!

Efeito sonoro de surpresa. Foco no rosto de São.
Ele senta desolado na boleia do caminhão.
A câmera vai se afastando filmado o caminhão por trás e um mapa voando pelo ar.
Voz over de Tiago cantando o Vira.

Música de abertura:
Tema musical de São e Tiago
Liris Letieres

Na estrada, no caminho
Dois amigos sempre vão
Eles nunca estão sozinhos
Tigre Tiago e Gato São!

Aventuras encontrando
É cultura e diversão
Aprendendo e ensinando
Tigre Tiago e Gato São!

domingo, 22 de junho de 2008


Como nascem as avós
Liris Letieres

Quando Mãe, ela se aprimora na arte da maternidade e vaga imprecisa, mas ardente, entre soluços, cólicas, fraldas, dentinhos, quedas, chupetas, papinhas, insônias, choros, carinhos, zangas e beicinhos. Destes, vai aos livros, às dúvidas, às zangas, conselhos, diplomas e, num salto quântico, aos genros e noras. Entretanto, segue intrépida nesse aprender constante!
Daí, numa determinada altura da vida, após longos anos de aprendizado, ela se depara com um novo desafio: os filhos ingressam na maternidade. Passam de filhos à Pais e tudo recomeça. Agora é com eles.
E ela, sem pestanejar, esquece conceitos, idéias, anos de estudo e desaprende de vez a ser Mãe e, como uma autoditada, passa a ser uma Mestra Maior:
UMA AVÓ!

quinta-feira, 22 de maio de 2008


Lucidez Tardia
Liris Letieres

Distancio-me de minha trilha pessoal a cada dia
E é um desvio consciente, isso é o pior
Ter noção do percurso enganoso.
Vejo-me de longe:
A que eu queria ser
Ter sido...
Uma “eu” tão diferente
Resquícios dessa eu, insistem uma sobrevida.
Mas vou deixando caquinhos dela pelo chão.
Como seria?
Como teria sido?
A infamidade do tempo que corrói as horas
E não deixa nada no prato, grita:
Perdeu!
Agora só em outra encarnação!

domingo, 11 de maio de 2008

Meu Dia das Mães de Papel


Amor de papel
Liris Letieres

Acordei angustiada
Tinha acabado de ter um pesadelo com minha filha
Levantei e a olhei dormindo
Um alívio.
Na porta do quarto havia um início de caminho
Feito de coraçõezinhos de papel ofício, pintados com lápis de cor.
Segui, já prendendo o choro, os coraçõezinhos feitos na madrugada.
Eles me levaram até uma mesa posta.
Um coração enfeitava a minha xícara e o meu remédio da garganta.
Vi um ramalhete reciclado, com flores de papel oficio bem cortadinhas, em diversos tamanhos, presas na ponta das hastes no que antes fora um buquê de aniversário de um mês de namoro que minha filha ganhara dias atrás.
Desabei.
Chorei um choro hibrido: de alegria, emoção, alívio, dor e amor.
Nem bem acalmava o aguaceiro dos olhos, vi outro bilhete de papel ofício.
Este, preso ao aparelho de som, dizia assim: - Ponha o CD 1.
Coloquei.
Sentei no sofá junto com Marisa Monte e chorei mais ainda.
Uma música alegre e eu aos prantos no contraponto.
Fui pra cozinha, agora eu já sabia que tinha mais.
No microondas, outro bilhete no papel ofício que dizia: _ Fiquei com medo de colocar o beiju aqui e estragar. Coloque pouco tempo para não desidratar! E um coração desenhado como assinatura.
Amor por toda casa, disfarçado de papel ofício matizado com lápis coloridos.
Descrevo aqui, com o peito em festa, meu amoroso, único, valioso e feliz dia das mães de papel.

domingo, 30 de março de 2008


Presságio no orvalho
Liris Letieres

Vi na poça de orvalho da folha verde
O inicio, o comecinho da estrada dos 7 dias
Ela desceu dos braços mornos de uma rede
E quem via, fazia gosto o tanto que seu olhar sorria.

E a manhã cheirava a café passado em coador de pano
A semana ela começou sem fazer sequer um plano
Descalça, enxerguei com o canto do olho ela dançar
Nem ouvia as horas do tempo tolo a lhe chamar

E assim se passavam as manhãs, as tardes, os dias
E a menina azul, bordava o destino que amanhecia.

Para minha prima Aline, um desejo de uma linda semana!

p.s. Lá em cima são os pés de Aline em repouso merecido.

segunda-feira, 10 de março de 2008


Metaverso
Liris Letieres


Vivo a criar metas pra vida
Numa insana logística
Como as torno inatingíveis
Corro pra metalingüística

Falo do ato da minha fala
Escrevo como eu escrevo
Pinto um quadro que se pinta
Sem saber se ao menos devo

Vejo filme que fala do filme
Leio livros de gramática
Vou aos poucos me tecendo
Nessa história dogmática

Recorro ao imperativo
Imponho me conhecer
Me escrevendo presunçosa
Com fome de me entender

E o tempo passa assustado
Mas não morrerei à míngua
Mastigo em última instância
Um dicionário da língua

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


2008 é igual a 1

Rum! E aí?