Fruta de quintal
Liris Letieres
Andei atrás de um sonho
Sonho de vilão
Sair roubando por aí, qualquer coração
Encher balaio
Vender barato
Ter xepa até no fim
E nem deixar suspiros de amor pra distrair
E não teria fiado
E consideração
Nem me importaria com uma lágrima no chão
Fingir descaso
Ser debochado
Perder dentro de mim
O troco antecipado pra você não me iludir
Mas como é crime passional
Tratar de amor em feira, como fruta de quintal
Cada freguêsa que se sentir lesada
Fará a minha pena de amor ser agravada
E perderei a esperança
O amor me negará o meu direito à fiança
Enfim, cedi! Cedi aos comandos supersônicos da máquina, à imagem automática das palavras para o mundo. Sou Blog! Liris Letieres
quarta-feira, 11 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Haja buracos na alma...Liris Letieres
Esses buracos sempre vão existir...
Serão sempre sem fundo, sem luzes, sem motivos ou com todos os motivos do mundo.
E eles aparecerão, sem prévios avisos, num amanhecer frio, num entardecer solitário, na rede, na rua, no silêncio ou dentro de acordes das músicas que toquem uma alma desatenta ao perigo.
Eles serão quase como uma companhia de um amigo ou um inimigo incrustado na alma.
Embora sem avisos prévios, estranhamente, eles nunca surpreenderão. Chegarão e voltarão para as sombras sem deixar cheiro, talvez alguns rastros de lágrimas se a dor virar água.
Um lado egocêntrico acredita serem, esses buracos, tão secretamente, somente e absolutamente, meus. Almas penadas, criadas por mim, arrastadas no vácuo dos meus dias. É quando penso quão felizes são os olhares dos que não arrastam buracos, vazios.
Mas lá um dia, me questionei bem baixinho, pra que nem eu mesma me ouvisse: Será que sou distraída observadora que não percebe, com apuro, os outros olhares?
Aí, não restaram dúvidas:
O "queijo suíço" foi distribuído pelo mundo.
Esses buracos sempre vão existir...
Esses buracos sempre vão existir...
Serão sempre sem fundo, sem luzes, sem motivos ou com todos os motivos do mundo.
E eles aparecerão, sem prévios avisos, num amanhecer frio, num entardecer solitário, na rede, na rua, no silêncio ou dentro de acordes das músicas que toquem uma alma desatenta ao perigo.
Eles serão quase como uma companhia de um amigo ou um inimigo incrustado na alma.
Embora sem avisos prévios, estranhamente, eles nunca surpreenderão. Chegarão e voltarão para as sombras sem deixar cheiro, talvez alguns rastros de lágrimas se a dor virar água.
Um lado egocêntrico acredita serem, esses buracos, tão secretamente, somente e absolutamente, meus. Almas penadas, criadas por mim, arrastadas no vácuo dos meus dias. É quando penso quão felizes são os olhares dos que não arrastam buracos, vazios.
Mas lá um dia, me questionei bem baixinho, pra que nem eu mesma me ouvisse: Será que sou distraída observadora que não percebe, com apuro, os outros olhares?
Aí, não restaram dúvidas:
O "queijo suíço" foi distribuído pelo mundo.
Esses buracos sempre vão existir...
quarta-feira, 4 de março de 2009
Desconstruções
Liris Letieres
Construir leva tempo.
Desconstruir pode levar tempo ou não.
O ato de construir é nobre.
A desconstrução é forte, pede espaço para que o construído caia por terra sem atingir os circunvizinhos.
É lindo edificar pedra por pedra.
Um bálsamo não deixar pedra sobre pedra!
Ficou pensando?
Liris Letieres
Construir leva tempo.
Desconstruir pode levar tempo ou não.
O ato de construir é nobre.
A desconstrução é forte, pede espaço para que o construído caia por terra sem atingir os circunvizinhos.
É lindo edificar pedra por pedra.
Um bálsamo não deixar pedra sobre pedra!
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