segunda-feira, 27 de agosto de 2007


Cenas
Liris Letieres

Zona de perigo vai surgindo sem muito empenho
Basta franzir um pouco mais, a linha do cenho
Bocejo infame quer cortar o ar rarefeito da zanga
Mas o cérebro tosco insiste em vingança
Queria saber... meu reino pra quem me disser!
Quem zorra que comeu, o último pedaço da torta
Que eu tinha guardado atrás do tapaué!

domingo, 5 de agosto de 2007


Pretexto
Liris Letieres

Na verdade tudo isso é pretexto. Esse encontro foi pretexto, essa carta foi pretexto. Pretextos para os nossos momentos, não calcificarem-se na rotina impessoal, frenética e despojada de humanidade em que às vezes se traveste nossa coexistência, por entre os muros desse Forte Apache.
Da janela da porta da sala que habito nesse Forte, percebo muita coisa... Ah! Pra começo de conversa, a janela da porta não se chama janela da porta e sim, TV de plasma.Se é assim, tenho um canal fechado, só meu e com a programação variadíssima! Gente rara passeia em frente a esse telão.
Hoje vim pra dizer que me importo. Embora na maioria das vezes não me faça clara, eu me importo. Importo-me com cada um de vocês.
E, penso que não existe acaso nessa vida. Se estamos aqui, juntos, houve uma conspiração lá nas outras jurisdições do Pai, pra que isso acontecesse.
Quem freqüenta esse Forte, há algum tempo, já me conhece um pouco, e sabe que não sou dada às formalidades. Quem está chegando, acho que vem percebendo.
Espero, e falo com sinceridade, que tenha contribuído mais que cobrado, mais compreendido que acusado, mais aplaudido que atirado pedras, mais ouvido, que falado (tá, pra ser sincera mesmo, eu falo como uma “nêga do leite” e esse item deve estar mais difícil que os outros de ser atingido) continuando... mais apoiado que dividido e mais rido que chorado junto com vocês. Espero, espero mesmo.
A verdade, é que eu me acho e me perco nesse grupo, a todo o momento! E, sei, que pra vocês devo ser, em alguns momentos, a unha encravada, a faladeira em outros, a despirocada, a mandona, a resmungona, a teimosa, a morta fome, a porralouca, a generala, a mãezona (como um professor me chama: a mutante).
Mutante, acho que isso eu sou muito! Perdoem-me, portanto, as mudanças repentinas de bela pra fera, de gato pra onça, de fada pra bruxa, de gente pra bicho...
E, obrigado por partilharem esse segundo, da preciosa vida de vocês, comigo.

PARA MEUS COLEGAS, AMIGOS E PARCEIROS DE TRABALHO, QUE ME AGUENTAM E AINDA CONSEGUEM RIR DE MINHAS LOUCURAS!
Vou listá-los como os chamo : Nóla, Marcionília, Gazarotti, Maia, Guta, Gabilda, Ioca, Anjo, Marcão, Xande, Dedé, Carlota, Só. (na foto não estão todos, chuif...)