segunda-feira, 10 de março de 2008


Metaverso
Liris Letieres


Vivo a criar metas pra vida
Numa insana logística
Como as torno inatingíveis
Corro pra metalingüística

Falo do ato da minha fala
Escrevo como eu escrevo
Pinto um quadro que se pinta
Sem saber se ao menos devo

Vejo filme que fala do filme
Leio livros de gramática
Vou aos poucos me tecendo
Nessa história dogmática

Recorro ao imperativo
Imponho me conhecer
Me escrevendo presunçosa
Com fome de me entender

E o tempo passa assustado
Mas não morrerei à míngua
Mastigo em última instância
Um dicionário da língua

3 comentários:

Clóvis Campêlo disse...

Meto o poesia
no metapoema
como as aves
metem no ovo
a gema.

Daiane Oliveira disse...

A de achei
B de blog
C de clóvis
D de daiane
.
.
.
L de liris (e lindos)
.
O de os
.
P de poemas
.
S de saudade
.
V de voltarei
.
Z de zebra

Anônimo disse...

Vida tecida tramada e urdida
trama a trama linha por linha
passo a passo letra por letra
formando palavras e estas
multiplicando pensamentos
tornando tua poesia expressão
determinada e completamente
METADIDÁTICA...
Exemplo vívido e belo dessa tal força que nunca morre...

PARABÉNS!!!